Rio de Janeiro / RJ - quinta-feira, 28 de março de 2024

Preventivo Câncer do Colo Uterino

Preventivo ginecológico (Exame de Papanicolau; Colpocitologia Oncótica; Preventivo do Câncer do Colo Uterino)

 

É um exame feito no consultório ginecológico. Tem por objetivo o diagnóstico precoce do câncer de colo uterino (parte baixa do útero), para que o tratamento adequado seja instituído o mais rapidamente possível e as chances de cura aumentem. É um exame indolor. A paciente deve evitar manter relações sexuais ou usar qualquer creme vaginal 2 a 3 dias antes do exame.

 

Com a paciente deitada na mesa ginecológica, introduz-se na vagina o espéculo vaginal ("bico de pato") para que o colo uterino seja visualizado. Retira-se, se necessário, o excesso de muco com uma espátula (espátula de Ayre) e faz-se uma delicada raspagem da vagina e da parte de fora do colo, colocando o material em uma lâmina de microscópio. A seguir, faz-se a coleta do material de dentro do colo, utilizando-se uma pequena escova (Cito-Brush). Nesse momento pode-se sentir uma discreta dor tipo cólica. Não é infreqüente o aparecimento de um pequeno sangramento após o exame, sem maiores conseqüências, e que desaparece espontaneamente.

O material é enviado em um frasco contendo álcool para o laboratório, a fim de ser analisado pelo técnico e pelo médico patologista. O resultado sai em poucos dias e fornece informações sobre a presença de câncer ou lesões pré-cancerosas, algumas infecções, uma discreta avaliação hormonal, e a presença de inflamação. É muito freqüente a presença de inflamação no resultado do exame o que, na maioria das vezes, não necessita de tratamento.

A avaliação final deve ser feita pelo médico ginecologista, que poderá orientar adequadamente sobre qualquer alteração que porventura apareça no resultado do exame.

A importancia da Prevenção

O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos.

É o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura.